quinta-feira, 1 de agosto de 2013

                                                                  Chateau de Suscínio

Já faz quase 3 anos que agosto se tornou um mês especial para mim. É só entrar agosto pra minha alegria voltar aos 100%. Bem diferente de julho, momento tenso que não consigo nem aguentar eu mesma. Sei que todas as promessas de continuar a saga da minha vida no exterior foram em vão, mas agora que eu tenho tempo sobrando, vou poder resolver todas essas pendências(entre outras pendências mais importantes que foram deixadas de lado por causa de outra pendência que eu pensei ser mais importante). Confuso né?

O calor finalmente resolveu chegar em Paris e ficar. Tudo fica muito mais bonito no verão, até dá aquele sentimento de "quero ficar aqui pra sempre". Mas aí é só lembrar do inverno pra vontade passar rapidinho. Afinal, só começou a esquentar mesmo no final de junho e o calor não deve durar até meados de setembro. A gente aproveita o quanto dá.

Sinto que tenho deixado muitos projetos em stand-by e que já está passando da hora de dar um pontapé inicial em todos eles. Como sempre ouvimos dizer "há males que vêm para o bem" mas eu gosto mais de usar o "tudo acontece por um motivo". A gente nunca sabe qual é esse motivo. Como por exemplo por que eu resolvi ir ao banco hoje buscar o meu cartão pra chegar lá e ouvir que ele foi destruído ontem, porque eu não fui buscar no tempo limite.

A+ sous le bus!
Postado por Suellen quinta-feira, agosto 01, 2013 1 comentário Leia Post Completo

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

Fonte: arquivo pessoal(Province-Cote d'Azur, France)


Era uma manhã como qualquer outra no mês de fevereiro de 2008. Eu estava prestes a começar o terceiro ano da faculdade, empolgada para que o próximo ano chegasse o mais rápido possível. Naquela manhã, recebemos a ligação da minha madrinha dizendo que meu avô(o único que conheci) estava sendo internado no hospital. Ele já havia completado 90 anos e era o único da sua geração na família que ainda estava vivo.
Ele passou por poucas e boas nessas 9 décadas, desde um câncer no estômago(que foi curado sem que ele nem soubesse que um dia o teve) a outras dificuldades. Sua memória já não funcionava tão bem e mesmo indo todo final de semana visitá-lo, ele sempre comentava "o quanto eu tinha crescido" mesmo já tendo meus 19 anos e "quanto tempo fazia que eu tinha aparecido por lá" mesmo que eu tivesse ido na semana anterior. Ele contava muitos "causos" do passado e mesmo no seu pouco estudo, era um homem muito inteligente.

Quando recebemos aquela ligação, todos já sabíamos que ele não voltaria mais para casa. Ele estava fraco, seu corpo já não absorvia o que ele comia, ele não tomava mais banho sozinho e era de se ver que ele "estava só esperando a morte chegar". Como ele mesmo dizia, "se não morrer enquanto jovem, de velho não passa!"
Como ele tinha mais de 65 anos, uma lei obriga que um parente fique com ele no hospital durante todo o tempo.

Minha mãe foi fazer o seu turno no dia seguinte. Ela nos ligou em torno do meio dia para dizer que ele havia sofrido um AVC e que sua voz estava comprometida. Fomos levar almoço pra ela, mas não pudemos visitá-lo porque o horário de visitas era só a partir das 16h. Era sábado, voltamos pra casa e eu fiquei no computador como de habitude. Mas algo não me deixava em paz e eu resolvi que queria ir ao hospital visitá-lo. Pedi ao meu pai, que relutou. Meu pai é uma pessoa excepcional, mas é do tipo que não gosta de hospital, velórios, enterros... Ele não se sente bem de ver aquela pessoa que ele costumava ver cheia de vida, ali, prostrada numa cama de hospital. Ele prefere guardar as boas lembranças. E eu entendo e não o culpo.

Mesmo com a minha insistência, ele disse que não me levaria. Ele me deu a chave do carro e me disse para ir sozinha. Fazia pouco tempo que eu tinha tirado minha habilitação e tinham sido poucas as vezes que havia dirigido sozinha. O hospital era longe e eu não tinha certeza que sabia exatamente o caminho, além da minha falta de experiência no volante. Resolvi deixar de lado e tentei voltar ao computador. Mas aquele mesmo sentimento não me deixava em paz e me dizia para ir. E eu fui.

Chegando no hospital, me deparei com aquele homem que tinah em ensinado tantas coisas na vida, me segurou no colo no meu primeiro dia de vida, me ensinou a jogar cartas e tantas outras coisas, ali, deitado naquela cama de hospital com uma voz irreconhecível, com os olhos acinzentados e sem brilho. Ele sorriu e falou algo quando cheguei, mas sua voz estava muito comprometida e não podíamos entendê-lo. Era hora da sua janta e mesmo não sendo sua comida preferida, ele tomou um pouco da sopa que a enfermeira lhe deu na boca. Seus pés estavam meio arroxeados e ele tinha um triste adeus no seu olhar. Fiquei no quarto até depois da hora das visitas e ele não queria que eu fosse embora. Dei um abraço, um beijo e disse que voltaria no dia seguinte. No fundo, eu sabia que poderia não existir "o dia seguinte" para ele. Fui embora despedaçada.

Voltei para casa e estava em paz. Cada vez que o telefone tocava, o coração disparava pensando ser aquela má notícia que ninguém quer receber.
No dia seguinte, minha madrinha ligou falando que ele estava em coma, não abria mais os olhos, não falava mais e sua respiração estava fraquinha. Eles se reuníram, chamaram o padre para a extrema unção e a partir daí, ele poderia nos deixar a qualquer momento. Mas pareceia que ele não queria ir até ter "visto" todos os filhos.

Na tarde daquele dia, minha madrinha iria às 16h trocar de turno com uma prima que estava lá. Eu e minha mãe fomos visitá-lo também. Quando chegamos no quarto, a prima estava sentada num cadeira do lado dele. Ele estava pálido, a boca entreaberta. Eu olhava para ele enquanto elas conversavam e não via nenhum movimento de respiração. Dei uma olhada no aparelho que mede os batimentos cardíacos e ele não marcava nada. Eu sabia que ele estava morto mas não conseguia esboçar nenhuma reação até que minha mãe percebeu a minha reação e viu que ele havia morrido. "Morreu como um passarinho", como mamãe diz.  Chamamos as enfermeiras, elas nos retiraram do quarto e eu experienciei uma das maiores dores que já senti. A dor que sentimos quando sabemos que agora, tudo que nos resta são as lembranças. E entre essas lembranças, eu tinha o alívio de ter feito aquilo que eu achava que deveria fazer. Eu superei meu medo e fiz o que deveria.

E o que quero dizer com todo esse post bíblia contando de um fato da minha vida que não interessa à muita gente? Nesse momento da minha vida, eu aprendi que devemos fazer tudo o que achamos que devemos fazer hoje, agora. Devemos demostrar nosso amor, carinho, respeito aqueles que julgamos importantes na nossa vida hoje, agora. Amanhã pode não mais existir e você nunca mais terá a oportunidade que teve hoje de demonstrar tudo o que você sentia. Ele se foi, mas mesmo nos seus últimos momentos, ele se foi sabendo o quanto eu o amava. Não desperdice as oportunidades que a vida lhe dá e diga às pessoas tudo o que você sente, mesmo que você ache que elas já saibam disso. Lembre-se que o dia é hoje, o momento é agora.
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terça-feira, 28 de maio de 2013

sábado, 25 de maio de 2013

Bandol, Cote d'azur France

Às vezes parece que o ciclo nunca termina. Você acha que porque cresceu e agora está no mesmo nível dos outros ninguém mais vai ter pena de você - ou que você não será mais objeto de pena dos outros. Eles não precisam de você, mas só pra nao te deixarem se sentir inútil, eles te convidam a fazer parte. Talvez isso pudesse ser visto como uma boa ação, se eles nao deixassem claro mais tarde que foi apenas por caridade.
Assim tem sido por 25 anos e quem sabe assim será também pelos próximos 25. Se é que existirão outros 25.
A vida tem dessas, a gente nunca sabe pra onde o barco vai pender. E às vezes ele não pende pra lado nenhum e você não sabe pra que lado remar - fica em alto mar esperando uma tempestade ou um vento vindo sabe-se de lá onde. E a tempestadade as vezes chega, destruindo o pouco que você construiu, chegando até a naufraugar o barco. Por vezes, é até melhor - é mais difícil consertar um barco quebrado, tendo que relembrar tudo o que você passou para construí-lo do que construir um novo. E é bem isso que me atrai.
Penso as vezes que eu não vá chegar algum dia em lugar algum. Estou sempre construindo novos barcos, por cima de velhos sentimentos. É como construir um barco novo em cima da velha carcaça - ele nunca será novo e nem tão forte. Volta e meia me pego esbarrando naqueles sentimentos que pensei que tivesse enterrado junto com o barco naufragado. Eles nunca morreram, apenas estão camuflados. E não é preciso mais do que uma frase para fazê-los virem à tona e eu me sentir como aquela pequena criança indefesa que não entende porque o mundo se vira contra ela sem ela ao menos ter feito algo errado. E esses sentimentos vem forte, rasgando tudo o que veem pela frente.
Sinto como se estivesse remando para todas as direções ao mesmo tempo, empenhando tempo e força à remar em círculos infinitos, que por vezes me fazem sentir como se eu estivesse encontrado aquela luz no fim do túnel. É um sentimento bom, que acalma e traz paz momentaneamente. O problema é que depois, é como se ele te jogasse num quarto escuro da dor - e ali você fica por um bom tempo.
O problema da dor é que geralmente nos acostumamos com ela. Com o passar das dores(leia-se passar do tempo mas dores cai bem melhor nesse contexto), continuamos tentando mesmo sabendo o que vai acontecer no final. Mas já não sentimos doer tanto, na verdade, já estávamos preparados para quando a dor viesse. É como estar preparado para receber aquela visita inconveniente que não temos a chance de arrumar uma desculpa qualquer para não receber. Ela vem, com toda a força para te destruir. E destrói. Arruína sonhos e planos, desejos e fantasias. Mas você já estava preparado. E o ciclo continua...
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sábado, 25 de maio de 2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Se eu escrevesse todos os textos que se passam na minha mente, eu já teria escrito uma enciclopédia. Mas como a preguiça e os dedos nao conseguem escrever na velocidade dos meus pensamentos, eu acabo deixando-os passar e virar mais uma memória daquilo que eu pensei e nao disse. Como as inumeras memorias da minha vida, de coisas que pensei e nao fiz ou que pensei e larguei mao por pensar serem bestas demais.
Como o tempo a gente aprende que nada é besta demais. Tudo, um dia ou outro acaba fazendo sentido; o problema é que quase nunca faz sentido quando a gente queria que fizesse.
Já pensei em gravar um video inumeras vezes, videos de uma dia de inverno, um dia de outono, das flores lindas da primavera... Mas a neve se foi, as folhas do outono cairam todas e as flores deram lugar às belas folhas verdinhas. E lá se foi mais uma oportunidade perdida.
Nunca fui do tipo de pessoa que teve muita sorte na vida. As coisas pra mim sempre foram mais dificeis, mais longas, mais dolorosas... Talvez eu tenha nascido no pior dia, na pior hora do ano, em que o sol fazia oposição à algum planeta e a lua estava em marte ou algo do tipo. Sempre fui aquela a ser a ultima escolhida pro time - aquela que sempre sobrava. Aquela que nunca tinha grupo nos trabalhos em grupo. Aquela que nunca conseguiu fazer conexoes, ter muitos amigos. Aquela que nunca se interessou por nada especifico porque tudo me fascina.
Mas ao mesmo tempo, minha mente parece ter asas e a minha necessidade de mudanca é constante. Sempre fui do tipo que abandonava o brinquedo assim que descobrisse todas as funcionalidades dele - ou que ele nao fazia exatamente aquilo que eu imagiva. E eu sempre me decepcionava com eles a cada natal ou aniversario.
Depois que cresci, percebi que a minha ânsia por mudanças continua constante. Nao consigo morar muito tempo no mesmo lugar, depois que já conheço todas as ruas e caminhos. Depois de ver a mesma paisagem pela minha janela. Fazer a mesma coisa toda dia me entedia, ter um patrão para me dizer o que fazer me irrita - eu tenho asas, só não sei voar.
25 Anos se passaram e eu ainda não sei onde eu pertenço. Não sei para onde ir, não sei onde quero chegar.
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Nao pude postar ontem porque o dia foi bem corrido. Saí do estágio às 13:50 pra chegar até o trabalho do namorado lá na pqp e de lá dirigirmos 8h até o sul da França. Passamos por Lyon e chegamos até Toulon. Hoje fomos visitar Marseille. Não gostei muito nao, achei a cidade feia e o povo feinho também. Saem atravessando a rua onde dá na telha, andam no meio do rua e os carros que se virem pra desviar. Achar lugar pra estacionar é lenda, as ruas sao esquisitas e o povo estaciona metade do carro em cima da calçada. Claro que estacionamos o carro la na pqp e fomos andando até o porto. Eu estava de sapatinha sem meia e como os pés comecaram a suar, o pe comecou a machucar e eu mal conseguia andar depois. Mas o dia estava lindo e ensolarado, fazia mais de 20C!(se voce morar 1 mes em Paris vc vai entender a felicidade).

O site doutissimo está um sucesso e agora mudamos de dominio para melhorar a navegacao. Agora é www.doutissima.info

Últimos artigos publicados:

http://doutissimo.com/2013/04/30/sexo-no-segundo-trimestre-de-gravidez/
http://doutissimo.com/2013/04/30/maquiagem-para-olhos-castanhos/
http://doutissimo.com/2013/04/30/comer-1-pacote-de-batata-frita-por-dia-durante-1-ano-equivale-a-ingerir-5-litros-de-oleo/
http://doutissimo.com/2013/04/30/yoga-sexo-e-banho-quente-para-uma-boa-noite-de-sono/
http://doutissimo.com/2013/04/30/cabelos-secos-e-sem-vida-saiba-o-que-voce-esta-fazendo-errado/
http://doutissimo.com/2013/04/30/truques-para-obter-labios-mais-volumosos/
http://doutissimo.com/2013/04/30/sexo-na-gravidez-as-melhores-posicoes-sexuais/
http://doutissimo.com/2013/04/30/esclarecendo-suas-duvidas-sobre-extensao-de-cilios/
http://doutissimo.com/2013/04/29/sexo-na-gravidez-a-perda-da-libido-no-primeiro-trimestre-de-gravidez/
http://doutissimo.com/2013/04/29/regras-fundamentais-para-uma-boa-higiene-intima/
http://doutissimo.com/2013/04/29/realcando-a-beleza-natural-dos-cabelos-escuros/

Postado por Suellen quarta-feira, maio 01, 2013 0 Comentários Leia Post Completo

quarta-feira, 1 de maio de 2013

terça-feira, 23 de abril de 2013



Faz tempo que não posto aqui e sei que estou devendo muitas postagens... Pensei em fazer um vídeo explicando tudo mas a preguiça não deixou. Vim aqui rapidinho apenas para divulgar um novo trabalho que eu estou participando e gostaria da ajuda de todos que visitam esse blog.

O site é sobre beleza, saúde e bem estar com sede em Paris mas voltado ao público brasileiro. Todos os artigos são escritos em português por mim e outras 5 meninas. Claro que a visita ao site é sempre bem vinda, visto que trabalhamos com número de visitas mas eu gostaria muito que se possível, vocês clicassem nos artigos publicados por mim(Suellen) para aumentar a minha audiência. Nem que voce nao pretenda ler, é só pra contar a visita mesmo ;)

O site é http://doutissimo.com/ e a página no facebook é https://www.facebook.com/doutissima

Serão publicados em média de 30 artigos diariamente. Artigos publicados hoje:

http://doutissimo.com/2013/04/23/kim-kardashian-o-antes-e-depois-da-cirurgia-plastica/
http://doutissimo.com/2013/04/23/e-possivel-engravidar-depois-de-ter-vencido-a-luta-contra-o-cancer/
http://doutissimo.com/2013/04/23/10-mandamentos-para-que-seu-relacionamento-sobreviva-nos-dias-de-hoje/
http://doutissimo.com/2013/04/23/os-riscos-da-cirurgia-plastica/
http://doutissimo.com/2013/04/23/agencia-de-modelos-recrutava-na-saida-de-um-centro-de-reabilitacao-para-anorexicos/
http://doutissimo.com/2013/04/23/seria-o-estresse-bom-para-a-memoria/
http://doutissimo.com/2013/04/23/um-entre-cada-10-jovens-ja-fez-um-video-porno/


Volto outro dia com mais novidades ;)

Desde já, obrigada pela ajuda!

Beijos!
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terça-feira, 23 de abril de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Uma das malas arrumada
A hora de ir pro aeroporto foi bem easy. Abracei a host, agradeci por tudo, ela agradeceu também, disse pra mantermos contato blá blá blá whiskas sachê. Abracei os babies e fui pro carro. Até esqueci de falar tchau pra au pair. Na verdade só o que passava pela minha cabeça era o momento em que eu estaria deitada no sofá de casa apertando o controle remoto a tarde inteira, comer meu pão francês com cream cheese e tomar meu nescau com leite. Tudo isso na companhia dos meus gatos, claro.

Foi o host quem me levou ate o aeroporto. Conversamos pouco durante o caminho e eu só fui lembrar que tinha esquecido o ipod na metade do caminho. Nao dava pra voltar e buscar, entao ele ficou de me mandar. Claro que nisso eu já dei o ipod como perdido e ja fiquei pensando no meu sofrimento de 10h e pouca de voo sem ter nada pra fazer. Nao contava com meu laptop pq minha mochila estava naquele estado em que não se pode mexer em nada pois tudo estava milimetricamente arrumado como se fosse um quebra cabeça.

Na hora de sair do carro ele tirou minhas malas do porta-malas e chamou um cara pra me ajudar a levá-las lá pra dentro, já que ele tinha estacionado naquela área de embarque/desembarque e não podia deixar o carro. Me deu um abraço bem forte e me desejou boa sorte. Agradeci pensando que eu realmente iria precisar já que minhas pernas estavam duras da noite de exercícios forçados descendo as malas do terceiro andar. Eu parecia uma velha: o músculo da coxa doía tanto que eu mal conseguia sentar sem apoiar as mãos antes.

O cara levou as malas e deixou lá na frente perto do guichês de check-in e me disse pra ficar de olho. Claro que como uma brasileira bem treinada que sou, não desgrudei os olhos das 3 malas afinal tudo o que eu tinha estava reunido ali. Chegou a minha vez e eu levei as 2 carry-ons e deixei no guichês e fui buscar as outras malas. Pelas informações no site, minha mala extra ficaria em $180(poisé tive o azar de voltar de LAN que é a que cobra mais caro pelas malas extras). No final das contas tive que pagar $270 pela maldita mala extra.

O voo parecia ser direto mas no plano de viagem constava uma "parada tecnica" em Lima, Peru. Fui o voo todo rezando pra nao ter que descer do aviao com as minhas 2 carry-ons que juntas deveriam pesar a metade do meu peso. Embarquei as 10 e pouca da manha(horario local) de SF e cheguei meia noite no Peru(horario local). Como a passagem foi comprada pela CC, eu nao consegui reservar meu assento e fiquei fora da janelinha. Ao meu lado tinha um senhor que devia ter entre 45-50 anos. Quando o aviao pousou no Peru, ele comecou a conversar e eu descobri que ele era Argentino e estava voltando a sua terra natal depois de 16 anos morando em SF. Ele me disse que amava SF, mas nada se comparava a morar na sua terra natal. Nem preciso dizer que isso incitou ainda mais o meu desejo de estar de volta na minha casinha, na minha terra natal. Mas quando eu lembrava que ficaria la menos de 2 semanas e ja partiria novamente numa nova jornada rumo ao desconhecido, uma mistura de tristeza e empolgacao tomavam conta de mim. Minha experiencia há 1 ano atrás foi bastante traumática e eu tinha medo de que o mesmo sentimento de estar sendo "arrancada" da minha família acontecesse novamente.

Desci do aviao carregamento minhas tralhas e rezando pra nao ter que passar pela seguranca de novo ter que abrir minha mochila, tirar os 2 laptops de dentro da mochila e de dentro das cases. Pro meu azar, tinha sim que passar pela seguranca e tentar enfiar as coisas que estavam milimetricamente ajustadas caberem novamente na mochila. Sai seguindo as pessoas que sairam do meu voo ate chegar ao portao de embarque.

Ouvi alguem falando bla blabla San Francisco e fui pra outra fila. Se o meu entendimento de espanhol já é ruim, depois de 10h de voo sem dormir é que eu já nao entendia mais nada. Na hora de embarcar a menina fucoumeu passaporte e foi falar pro cara que nao tinha visto. Aí ele olhou e falou "ela é brasileira, nao precisa de visto". A mesma coisa aconteceu da outra vez que vim ao Brasil, a moca da AA disse que meu visto tava expirado e chamou uma mais inteligente que avisou que eu era brasileira e que estava indo pro Brasil, logo nao preciso de visto nenhum. E que o visto vencido era o americano.

Como o voo era conexao, entrei numa fila de embarque prioritária, o que me deixou bem mais aliviada do que ter que esperar milhoes de anos na fila normal. Coloquei as 2 carry-ons no compartimento de cima(só pode por uma mas e daí) e sentei. Milhoes de pensamentos passavam pela minha cabeca mas eu tentava focar que em poucas horas eu estaria desembarcando em Sao Paulo e encontrando minha mae e minha irma.

(continua...)
Postado por Suellen sexta-feira, janeiro 18, 2013 0 Comentários Leia Post Completo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

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