sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Uma das malas arrumada
A hora de ir pro aeroporto foi bem easy. Abracei a host, agradeci por tudo, ela agradeceu também, disse pra mantermos contato blá blá blá whiskas sachê. Abracei os babies e fui pro carro. Até esqueci de falar tchau pra au pair. Na verdade só o que passava pela minha cabeça era o momento em que eu estaria deitada no sofá de casa apertando o controle remoto a tarde inteira, comer meu pão francês com cream cheese e tomar meu nescau com leite. Tudo isso na companhia dos meus gatos, claro.

Foi o host quem me levou ate o aeroporto. Conversamos pouco durante o caminho e eu só fui lembrar que tinha esquecido o ipod na metade do caminho. Nao dava pra voltar e buscar, entao ele ficou de me mandar. Claro que nisso eu já dei o ipod como perdido e ja fiquei pensando no meu sofrimento de 10h e pouca de voo sem ter nada pra fazer. Nao contava com meu laptop pq minha mochila estava naquele estado em que não se pode mexer em nada pois tudo estava milimetricamente arrumado como se fosse um quebra cabeça.

Na hora de sair do carro ele tirou minhas malas do porta-malas e chamou um cara pra me ajudar a levá-las lá pra dentro, já que ele tinha estacionado naquela área de embarque/desembarque e não podia deixar o carro. Me deu um abraço bem forte e me desejou boa sorte. Agradeci pensando que eu realmente iria precisar já que minhas pernas estavam duras da noite de exercícios forçados descendo as malas do terceiro andar. Eu parecia uma velha: o músculo da coxa doía tanto que eu mal conseguia sentar sem apoiar as mãos antes.

O cara levou as malas e deixou lá na frente perto do guichês de check-in e me disse pra ficar de olho. Claro que como uma brasileira bem treinada que sou, não desgrudei os olhos das 3 malas afinal tudo o que eu tinha estava reunido ali. Chegou a minha vez e eu levei as 2 carry-ons e deixei no guichês e fui buscar as outras malas. Pelas informações no site, minha mala extra ficaria em $180(poisé tive o azar de voltar de LAN que é a que cobra mais caro pelas malas extras). No final das contas tive que pagar $270 pela maldita mala extra.

O voo parecia ser direto mas no plano de viagem constava uma "parada tecnica" em Lima, Peru. Fui o voo todo rezando pra nao ter que descer do aviao com as minhas 2 carry-ons que juntas deveriam pesar a metade do meu peso. Embarquei as 10 e pouca da manha(horario local) de SF e cheguei meia noite no Peru(horario local). Como a passagem foi comprada pela CC, eu nao consegui reservar meu assento e fiquei fora da janelinha. Ao meu lado tinha um senhor que devia ter entre 45-50 anos. Quando o aviao pousou no Peru, ele comecou a conversar e eu descobri que ele era Argentino e estava voltando a sua terra natal depois de 16 anos morando em SF. Ele me disse que amava SF, mas nada se comparava a morar na sua terra natal. Nem preciso dizer que isso incitou ainda mais o meu desejo de estar de volta na minha casinha, na minha terra natal. Mas quando eu lembrava que ficaria la menos de 2 semanas e ja partiria novamente numa nova jornada rumo ao desconhecido, uma mistura de tristeza e empolgacao tomavam conta de mim. Minha experiencia há 1 ano atrás foi bastante traumática e eu tinha medo de que o mesmo sentimento de estar sendo "arrancada" da minha família acontecesse novamente.

Desci do aviao carregamento minhas tralhas e rezando pra nao ter que passar pela seguranca de novo ter que abrir minha mochila, tirar os 2 laptops de dentro da mochila e de dentro das cases. Pro meu azar, tinha sim que passar pela seguranca e tentar enfiar as coisas que estavam milimetricamente ajustadas caberem novamente na mochila. Sai seguindo as pessoas que sairam do meu voo ate chegar ao portao de embarque.

Ouvi alguem falando bla blabla San Francisco e fui pra outra fila. Se o meu entendimento de espanhol já é ruim, depois de 10h de voo sem dormir é que eu já nao entendia mais nada. Na hora de embarcar a menina fucoumeu passaporte e foi falar pro cara que nao tinha visto. Aí ele olhou e falou "ela é brasileira, nao precisa de visto". A mesma coisa aconteceu da outra vez que vim ao Brasil, a moca da AA disse que meu visto tava expirado e chamou uma mais inteligente que avisou que eu era brasileira e que estava indo pro Brasil, logo nao preciso de visto nenhum. E que o visto vencido era o americano.

Como o voo era conexao, entrei numa fila de embarque prioritária, o que me deixou bem mais aliviada do que ter que esperar milhoes de anos na fila normal. Coloquei as 2 carry-ons no compartimento de cima(só pode por uma mas e daí) e sentei. Milhoes de pensamentos passavam pela minha cabeca mas eu tentava focar que em poucas horas eu estaria desembarcando em Sao Paulo e encontrando minha mae e minha irma.

(continua...)
Postado por Suellen sexta-feira, janeiro 18, 2013 0 Comentários Leia Post Completo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

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